Crescer dói e você precisa estar preparado para isso! Veja o que a busca do sucesso irá te exigir.
Sucesso é uma palavra que tem um significado diferente para cada pessoa. Para mim, sucesso pode significar uma coisa, para você, outra completamente diferente. Independente do significado que tiver para cada um, uma coisa é comum para todos: a busca pelo sucesso é um desejo humano, todos estamos em busca do sentimento de realização que sentimos alcançando nossos objetivos.
Todos nós temos aquela pessoa “espelho”, aquela pessoa que admiramos e em quem nos inspiramos para alcançarmos nossos objetivos. Pense rapidamente em quem é a pessoa que simboliza o sucesso para você. Aquela pessoa que te inspira e em quem você procura se espelhar para chegar à sua percepção de sucesso.
Pensou? Agora, reflita sobre a seguinte questão: você já procurou saber como foi o caminho dessa pessoa até o topo? Se a resposta for sim, não tenho dúvidas de que você está ciente que o caminho para o sucesso dessa pessoa não foi um caminho repleto apenas de pétalas de rosas: com certeza, essa pessoa teve que lidar também com os espinhos.
As dificuldades que existem no caminho para o sucesso não costumam ter tanto destaque quanto a chegada: é comum vermos na mídia e nas redes sociais as pessoas mostrando apenas o lado positivo de suas conquistas, deixando encobertos os momentos de desconforto e de dor que os desafios da trajetória podem proporcionar.
Quando vemos alguém que alcançou o sucesso, podemos tender a focar nas coisas incríveis que essa pessoa conquistou: sua conta bancária, o fato de ela fazer o que gosta, sua diferença no mundo e sua influência social são indícios palpáveis do sucesso em nossa sociedade. Só que isso que vemos é apenas uma pequena parte: o sucesso é o resultado de uma série de atitudes inteligentes, somadas ao esforço e constante abandono da zona de conforto. E, sejamos francos: muitas vezes, esse processo dói, sim!
Muitas pessoas idealizam o seu processo de desenvolvimento pessoal e ignoram o fato de que para melhorarmos em algo precisamos passar por algumas etapas que envolvem desconforto.
Por exemplo, dentro dos ciclos de aprendizagem de alguma habilidade, o primeiro ciclo é o de não saber que não sabemos. Ao tomarmos ciência de que não temos aquela habilidade, entramos no segundo ciclo, que é sabermos que não sabemos algo.
Esse ponto costuma vir carregado de certo sofrimento, porque o desconforto que ocorre quando ficamos cara a cara com a nossa falta de competência em algo. A partir daí começamos a treinar e entramos no terceiro estágio, que é sabermos que sabemos. Quando nos concentramos e treinamos, passamos a conseguir fazer o que antes não sabíamos. E de tanto repetir, entramos no último ciclo, que é o de nem tomarmos consciência que sabemos aquilo, ou seja, não sabermos que sabemos, fazemos automaticamente: vira uma competência adquirida, o que era desconhecido se transforma em uma habilidade aprendida e dominada.
Toda vez que você se depara com algo que você sabe que não sabe, você está ampliando a sua zona de conforto, afinal, você está expandindo o seu conhecimento e consequentemente, terá mais ferramentas para lidar com o dia dia. Mas, isso só vai acontecer se você tiver coragem para enfrentar o sofrimento que envolve sair da zona de conforto. O próprio nome já diz, é uma zona de pleno conforto para você e, deixá-la significa enfrentar o desconhecido, os seus medos, enfrentar o desconforto.
A natureza é tão sábia que nos mostra isso na prática: basta observar a transformação da borboleta.
Você já deve ter ouvido a história da criança que viu a borboleta querendo sair do casulo e, prontamente, tentou ajudar o inseto abrindo o casulo. Porém, ao abri-lo, a criança se assustou, pois as asas ainda não estavam prontas: o esforço para sair do casulo é o que finaliza a metamorfose da borboleta.
Se a borboleta não tomar a decisão de fazer um esforço por livre e espontânea vontade para sair da sua zona de conforto, que é o casulo, ela jamais irá criar asas e voar!
Com nós, seres humanos, o processo não é muito diferente.
Toda transformação envolve sair da zona de conforto e, não existe sucesso sem transformação: se você não se transforma, fica no mesmo lugar, e que sucesso há em ficar parado, estagnado? Ou seja, aprender a lidar com o desconforto é uma habilidade mais do que necessária para alcançar o sucesso!
E, lidar com o processo de sair da zona de conforto de uma forma positiva não é simplesmente esperar que durante o processo não vá doer, que você não vá sentir certo incômodo. Isso é ilusão. Saber lidar com o desconforto envolve uma decisão da sua parte em extrair o melhor de cada experiência e começar a enxergar em todas as dificuldades uma oportunidade para melhorar e adquirir cada vez mais competências para chegar na sua definição de sucesso.
Crescer, pode até rimar com sofrer, mas rima igualmente com aprender e, consequentemente, rima com poder. O poder de ter em suas mãos a possibilidade de criar a melhor versão de si mesmo, de ser um criador ativo do seu futuro, de desapegar das características limitantes que você acredita serem suas.
Imagine se a borboleta ficasse apegada à sua condição de lagarta, ignorasse a transformação do casulo e se recusasse a enfrentar o desconforto necessário para a sua libertação? O mundo perderia uma borboleta e, uma lagarta morreria sufocada no casulo que ela mesma criou e tanto se apegou. A borboleta só vira borboleta porque toma a decisão de desapegar do que ela não quer mais ser, de não se acomodar, de buscar sua nova versão.
A borboleta só vira borboleta porque tem coragem.
Isso é um fato: sucesso é para quem tem coragem, e é por isso que um número tão pequeno de pessoas chegam lá. Coragem para enfrentar os medos, os momentos de dúvida, a preguiça, as dificuldades que aparecem, a inércia, as inseguranças. Para fazer o próprio processo de coaching é preciso coragem! O processo envolve seu desenvolvimento pessoal e, isso inclui momentos em que você precisa se enfrentar para poder melhorar. Momentos em que você irá enxergar suas fraquezas (e também suas forças), suas crenças, atitudes que te prendem e que você pode achar difícil desapegar.
Tudo isso pode doer, mas é uma dor semelhante à da borboleta no momento de deixar seu casulo: uma dor de libertação. Crescer dói mesmo. E, se você estiver disposto a encarar essa dor com naturalidade e resiliência, não tenho dúvidas de que você irá alçar vôo alto – tão livre, alto e fascinante quanto o vôo da borboleta.